Todas as manhãs um
senhor idoso pegava aquele ônibus lotado e descia em frente à uma clínica.
Certo dia, uma moça que sempre o observava, perguntou-lhe: – O senhor trabalha
nesta clínica?
- Não, respondeu
ele, minha esposa está internada aí. Ela tem o mal de Alzheimer.
- Puxa, lamento
muito. E como ela está?
- Não está muito
bem. Está com a memória bastante prejudicada. Já nem me reconhece mais.
- Mesmo assim o
senhor enfrenta este ônibus lotado todos os dias, somente para vim visitá-la?
- Sim!
- Mas, se ela já não
o reconhece mais, nem se lembra das coisas, porque o senhor vem todos os dias?
- Ela já não sabe
quem eu sou, mas eu sei quem ela é. Ela não se lembra mais das coisas, mas eu
jamais me esquecerei dela.
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